Mostra coletiva Campos Gerais

Curadoria: Josué Mattos

 

SOBRE

Josué Mattos, o curador da exposição, reconhece a importância do encontro dos três artistas pelo fato de “residirem áreas em que os biomas sofrem grande degradação. Daniel Caballero e Miguel Penha preservam interesses pela paisagem do cerrado, colocando o assunto em voga em suas investigações. Manuella Karmann, por sua vez, atua diretamente na Serra da Mantiqueira, em área de reflorestamento, resistindo à frenética transformação do bioma em pastagem.”
 
Os cerrados paulistas são o tema de interesse de Daniel Caballero, que pesquisa sobre o apagamento desta paisagem, que está em acelerado processo de extinção em virtude de sua invisibilidade. O artista realiza desenhos de catalogação de espécies, transplantando-as na praça que ele nomeou Cerrado Infinito, projeto de longo fôlego que desenvolve na região oeste de São Paulo e funciona como um ateliê-viveiro em plena praça pública.
 
Manuella Karmann mora na serra da Mantiqueira e atua em um projeto de sua família responsável pelo reflorestamento de aproximadamente trinta e cinco mil plantas ao longo das últimas décadas. A artista trabalha com pinturas e desenhos que reúnem uma ampla variedade de espécies em um mesmo espaço, com um trabalho minucioso e cheio de detalhes. “Embora o fascínio pelo cenário idílico das “matas do topo” prevaleça por seu horizonte expandido, não escapa ao domínio das gigantescas pastagens e ocupações desordenadas, que transformam a serra em pequenas ilhas, fazendo surgir verdadeiros arquipélagos florestais, constituídos por áreas remanescentes que evitam a queda de encostas.”, de acordo com Josué Mattos.
 
Miguel Penha reside na Chapada dos Guimarães e tem ascendência indígena, das etnias xiquitano e bororo. Suas pinturas, quase sempre em grandes formatos, retratam o cerrado do Centro-Oeste brasileiro e a floresta amazônica com o objetivo de manter preservada sua forte carga mítica, com um sentido de profundidade evanescente, construído, algumas vezes, com névoas que apontam para a transitoriedade da paisagem representada. 
 
Os três artistas trazem visões muito particulares de paisagens que fazem parte dos biomas brasileiros, atuando diretamente sobre áreas de risco.

 

INFORMAÇÕES:

Início: 21 de junho até 25 de agosto de 2018

Horário: terça a sexta – das 10 as 19h, sábado das 10 as 17h 

Local: Rua Cardoso de Almeida, 1285, Perdizes, São Paulo

Entrada: gratuita

 

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